Os ais desta coligação
(com a devida vénia a Mendes de Carvalho)
Os ais de todos os dias,
Os ais de todas as noites.
Ais do concelho e da cidade,
O ai de ó era tão linda.
Os ais que vêm do peito
Ai pobre dela, coitada
que tão tarde se finou!
Os ais que vêm da alma.
Ais d’ amor e de comédia,
ai pobre do partido
que se deixou enganar…
ai a dor daquela coligação.
Os ais que vêm sem nexo,
os ais dos cortes de subsídios.
Os ais da pobre rotunda
à espera de excursões do Algarve
ai que saudades, saudades,
os ais tão cheios de luto
do convento abandonado.
Ai pobre daquele mercado:
ai que saudades menina,
ai a incúria é tão triste.
Os ais do rico e do pobre
ai que fechou outra empresa
os ais dos desempregados.
Ais do peito e da barriga
e os ais de outras coisas mais.
Ai o que demoliram aqui,
ai o estádio também foi,
ai o turismo tu levas,
ai tu não faças asneiras.
Ai endividamento és o demónio!
ai que terrível tragédia,
ai a culpa é do António!
Ai os ais de tanta gente…
ai que não sabe governar
Ai a divida a aumentar
ai o que vai ser de nós.
E os ais dos luísistas
a chorar compreensão?
Ai que não insultou o escritor,
ai que lhe tiraram os pelouros.
Ai que os bombeiros estão sentados.
Ai o que é um talibanco?
Ai que vontade de rir!
E os ais de última hora
Ai o raio do alambor!
Ai que estamos no faroeste.
Ai que isto é uma autocracia.
Ai que se demite para a semana.
Ai como vamos arranjar milhões?
Ai que isto é uma farsa!
Triste de quem der um ai
sem achar eco no coração.
Os ais da vida e da morte
Ai os ais desta coligação…
O Deputado Municipal eleito pelo
Bloco de Esquerda
Paulo Mendes
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