quinta-feira, 1 de julho de 2010

MOÇÃO LOUVOR A SARAMAGO

MOÇÃO

Voto de louvor pela obra de Saramago


Contrariamente ao que leitores e comentadores apressados fizeram da obra “Ensaio sobre a lucidez”, Saramago não defende, aí, o voto em branco; antes alerta para os perigos da demissão do voto por parte dos eleitores e para as consequências, levadas ao extremo, da escolha dos eleitores pelos “não-existentes”.

E se seria fácil dizer, então, que as culpas dessa escalada negativa decorreriam da abstenção dos eleitores, mais difícil será para os da classe política admitirem que tal alheamento decorre, isso sim, do desencanto que as atitudes dessa mesma classe política lhes provocam.

Afinal, “Ensaio sobre a lucidez” é, antes, um manifesto defensor da Democracia, do Voto e da Participação Popular e um chamar de atenção para a Responsabilidade dos Políticos perante os Eleitores e a População em geral.

É esta lucidez que hoje se sublinha.

E sublinha-se também a lucidez de um Autor que lhe permitiu enriquecer o Património Literário Universal com uma Obra incontornável.

Eis o que hoje se sublinha.

Eis o que suporta o voto de louvor da Assembleia Municipal de Tomar, reunida na Casa Grande do Concelho, a 30 de Junho de 2010, no ano e no mês da morte de José Saramago, Prémio Nobel Português, Cidadão e Escritor.


O Deputado Municipal eleito pelo
Bloco de Esquerda

Paulo Mendes

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