segunda-feira, 5 de julho de 2010

Encerramento do Mercado Municipal

MERCADO MUNICIPAL DE TOMAR

COMUNICADO

No dia 1 de Julho, dia 1 dos novos aumentos de impostos, Tomar foi confrontado com o (há muito anunciado e previsível) encerramento do Mercado Municipal.
No imediato, o desleixo e o desinteresse pelo Mercado Municipal desde sempre manifestado pelo Poder Autárquico PSD, e agora reforçado pelo oportunista aconchego do Partido Socialista, começa a dar os infelizes frutos dessa postura política:
Os consumidores ficam sem Mercado, os vendedores ficam sem negócio, as economias familiares ressentem-se, a economia do concelho depaupera-se ainda mais.
No imediato, importa dizer sem hesitações que o PSD e o PS são responsáveis por um conjunto de problemas sociais que podem surgir quase instantaneamente junto daqueles cuja economia pessoal gira em torno do Mercado: quebra de rendimentos, desemprego, falências, opção dos consumidores por mercados vizinhos e grandes superfícies, não utilização diária da zona do mercado potenciando ocupações despropositadas.
No imediato, importa dizer que a actual Maioria PSD/PS tem que ser responsabilizada pelos efeitos nefastos que o encerramento do Mercado, provoca ou vinha a provocar na vida das pessoas.
Não pode ser aceitável a pseudo-justificação de que a ASAE teria agido com excesso de zelo, nas palavras do Presidente da Câmara, pois a Câmara até já teria deliberado uma intervenção de fundo no Mercado.
O facto é que o PSD e, agora, o PS deixaram andar o problema ao sabor das conveniências sem cuidar de ter em conta os sinais que chegavam de concelhos vizinhos: só uma grande ingenuidade ou uma enorme incompetência justificam este completo descanso de alma do Poder Autárquico Tomarense quando outros mercados vizinhos haviam sido encerrados por aquela mesma ASAE.
São culpados!
E são tão mais culpados porquanto alguns dos “motivos para a ordem de encerramento são questões de pequena dimensão” (nas palavras do Presidente da Câmara) que, agora, são já objecto de análise de emergência pelos técnicos e que nada têm a ver com o conjunto de grandes procedimentos administrativos e processuais decorrentes da deliberação camarária para a citada intervenção de fundo.
Não cuidaram de evitar a vergonha de um encerramento compulsivo ou de prevenir os transtornos a toda uma população que semanalmente se desloca à sua sede de concelho para abastecimentos básicos.
São culpados!
Em tempo oportuno, isto é, nas campanhas dos três últimos actos eleitorais autárquicos, o Bloco de Esquerda apresentava à cabeça das suas prioridades a questão do Mercado, fosse na defesa da sua reconversão, recuperação e valorização, fosse na rejeição das desajustadas ideias de deslocação do Mercado para zona mais periférica ou a sua transformação em centro comercial e grande superfície.
De resto, o facto de em 2009 o Mercado ter sido a principal prioridade eleitoral e a nossa grande bandeira levou a que, por exemplo, o Partido Socialista nos acusasse de lhe roubarmos a sua grande preocupação.
Foi o que se viu. Agora, por culpa do PS e do PSD, a imagem de Tomar fica ainda mais denegrida, o concelho fica com o Mercado encerrado e o Povo com a vida estragada!
O Poder Autárquico prosseguirá a defesa da sua “honra” com a invocação de que a deliberação foi tomada e os prazos são demorados, pretendendo fazer esquecer que se desleixaram na altura devida.
Mas, apesar de impossibilitados que estão de cobrarem taxas municipais por motivos fúteis e torpes, foram lestos a acelerar todos os procedimentos para gastar e desperdiçar milhares de euros a desfazer rotundas e a edificar muros de vergonha, que estão lá porque não existe contenção, não existe responsabilidade e sobretudo não existe um rumo.

Eis as prioridades da Maioria.

Tomar, 1 de Julho de 2010

Núcleo de Tomar do Bloco de Esquerda

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