Intervenção no PAOD
Caros
Concidadãos
Constata-se
que em finais de verão, o nosso saudoso concelho, mantém o seu ritmo de vida
lento, quase parado, restringido pela imposta crise que não é mais do que,
resultado das sucessivas políticas incoerentes levadas a cabo, ao longo de
muitos anos, pelas mesmas forças partidárias, que tendo em mãos o seu destino,
o deixaram em tão difícil situação.
Pensava-se
que o record mundial do imobilismo em suspensão teria sido batido recentemente
no festival das estátuas vivas, mas enganem-se pois tal feito ainda está a ser
conseguido pelo estado catatónico do desenvolvimento económico, do progresso e
da prosperidade desta nossa terra, há pelo menos duas décadas.
Viam-se
pelas ruas os credores do município, imóveis, suspensos, à espera que lhes
pagassem a tempo enquanto ainda pertencessem à economia local. Não é por acaso
que uma das estátuas vencedoras simbolizava “O Inferno”.
Inferno
de vida que boa parte dos tomarenses começam a viver, em grandes dificuldades e
sem perspetiva de futuro.
Inferno
aquele que se viveu em algumas das nossas aldeias com os incêndios que
dizimaram parte da nossa floresta. Só se espera, que à luz da recente proposta
legislativa sobre a arborização e rearborização, não surjam plantações
desenfreadas de eucaliptos, com as consequências ambientais que possam surgir.
Inferno
passam os comerciantes do nosso mercado perante o insuportável calor que sentem
semanalmente na tenda/sauna, sem que lhes sejam apresentadas soluções para
melhorar as suas condições de trabalho lesadas sanitariamente.
Falando
de soluções, as más, essas vão avante, tais como, o novo mapa das freguesias. O
Bloco de Esquerda relembra aos presentes a sua intenção de incluir um ponto na
ordem de trabalhos em reunião de assembleia municipal, algo que foi negado pela
maioria dos representantes na conferência de líderes, onde fosse discutida e
aprovada a possibilidade de referendar o dito mapa em cada uma das freguesias,
deixando assim as populações expressar a sua opinião e decidir sobre o futuro
da sua freguesia. Como tal não foi possível, é com alguma pena que alguns
presidentes de junta se sintam hoje os coveiros das freguesias a quem os seus
eleitores um dia as confiaram.
Tomar,
28 de setembro de 2012
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