quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Assembleia Municipal 28 setembro 2012


Intervenção no PAOD
Caros Concidadãos
Constata-se que em finais de verão, o nosso saudoso concelho, mantém o seu ritmo de vida lento, quase parado, restringido pela imposta crise que não é mais do que, resultado das sucessivas políticas incoerentes levadas a cabo, ao longo de muitos anos, pelas mesmas forças partidárias, que tendo em mãos o seu destino, o deixaram em tão difícil situação.
Pensava-se que o record mundial do imobilismo em suspensão teria sido batido recentemente no festival das estátuas vivas, mas enganem-se pois tal feito ainda está a ser conseguido pelo estado catatónico do desenvolvimento económico, do progresso e da prosperidade desta nossa terra, há pelo menos duas décadas.
Viam-se pelas ruas os credores do município, imóveis, suspensos, à espera que lhes pagassem a tempo enquanto ainda pertencessem à economia local. Não é por acaso que uma das estátuas vencedoras simbolizava “O Inferno”.
Inferno de vida que boa parte dos tomarenses começam a viver, em grandes dificuldades e sem perspetiva de futuro.
Inferno aquele que se viveu em algumas das nossas aldeias com os incêndios que dizimaram parte da nossa floresta. Só se espera, que à luz da recente proposta legislativa sobre a arborização e rearborização, não surjam plantações desenfreadas de eucaliptos, com as consequências ambientais que possam surgir.
Inferno passam os comerciantes do nosso mercado perante o insuportável calor que sentem semanalmente na tenda/sauna, sem que lhes sejam apresentadas soluções para melhorar as suas condições de trabalho lesadas sanitariamente.
Falando de soluções, as más, essas vão avante, tais como, o novo mapa das freguesias. O Bloco de Esquerda relembra aos presentes a sua intenção de incluir um ponto na ordem de trabalhos em reunião de assembleia municipal, algo que foi negado pela maioria dos representantes na conferência de líderes, onde fosse discutida e aprovada a possibilidade de referendar o dito mapa em cada uma das freguesias, deixando assim as populações expressar a sua opinião e decidir sobre o futuro da sua freguesia. Como tal não foi possível, é com alguma pena que alguns presidentes de junta se sintam hoje os coveiros das freguesias a quem os seus eleitores um dia as confiaram.

Tomar, 28 de setembro de 2012